NOTÍCIAS

REAL MEN DON'T BUY GIRLS: A VERDADE POR TRÁS DA RETOMADA DESTE TRENDING TOPIC

Nos últimos dias a hashtag #RealMenDontBuyGirls foi twittada milhares de vezes em conexão com o rapt

#RealMenDontBuyGirls é Trending Topic (tendência) nos EUA, Nigéria, Espanha, Reino Unido e em outros lugares, a maioria massiva dos tweets objetivam interceder pela libertação das mais de 200 meninas sequestradas por militantes Boko Haram na Nigéria. Esta hashtag vem sendo amplamente utilizada em conjunto com #BringBackOurGirls, a qual estima-se ter atingido mais de 1,6 milhões de tweets ao redor do mundo.

Muitos dos tweets incluem imagens de celebridades segurando cartazes - neste caso, dizendo: "Real Men Don’t Buy Girls" (Homens de verdade não compram meninas).

Real Men Don’t Buy Girls em 2014 – A retomada da campanha

Imagens de Sean Penn, Justin Timberlake, Ashton Kutcher, Jamie Foxx e outros estão sendo bastante compartilhadas agora. Todavia, tais imagens e seus respectivos vídeos NÃO são atuais, eles remontam de 2011, época em que a campanha “Real Men Don’t Buy Girls” foi iniciada pela DNA Foundation, organização filantrópica criada pelos atores Ashton Kutcher e Demi Moore, com o objetivo de combater o tráfico sexual infantil.

Ou seja, o sentido primário da campanha foi adaptado. Há três anos seu sentido maior era combater em larga escala o tráfico de crianças para o comércio sexual, na última semana o slogan foi ressuscitado com o intuito de chamar atenção um problema social específico: o rapto de meninas nigerianas.

Mas como que tal campanha foi correlacionada ao caso das meninas raptadas na Nigéria? Segundo a BBC, o primeiro uso da hashtag no Twitter neste contexto foi em 2 de Maio de 2014, por uma mulher que aparentemente reside em Nova Jersey, EUA. Logo após surgiram notícias de que os militantes do Boko Haram estavam ameaçando vender as meninas, então a hashtag decolou. As imagens antigas da campanha anterior foram largamente re-postadas e compartilhadas, porém não pelas celebridades ou pela própria campanha, mas sim por usuários regulares do Twitter na Nigéria, EUA e outros países. Esses tweets foram, por sua vez emulados por tweeters influentes e, em seguida, pela mídia mainstream.

É fato que imagens postadas em mídias sociais são utilizadas fora de seu contexto original de forma corriqueira. Tal fenômeno não é “ruim”, principalmente se a causa em questão for fundamentada em propósitos nobres como o atual.

A re-adoção da campanha #RealMenDontBuyGirls destaca o quão forte é sentimento global acerca dos eventos na Nigéria. Marcos Aurelio de Carvalho, empresário fundador do Café Del Marco, também entrou na bossa em apoio às meninas nigerianas desaparecidas.

Real Men Don't Buy Girls

E você, suporta a causa?

COMENTÁRIOS