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1º DE AGOSTO: DIA NACIONAL DOS PORTADORES DE VITILIGO

1º DE AGOSTO DIA NACIONAL DOS PORTADORES DE VITILIGO


1º de agosto é comemorado o Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo, doença ainda rodeada de desinformação e preconceito e que atinge mais de 2 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Alguns famosos como o cantor Michael Jackson, a modelo Luiza Brunet e a influencer Sophia Alckmin admitiram ter a doença. Mais recentemente, o assunto ganhou evidência em rede nacional com a participação da ex-BBB Natália Deodato, portadora da doença desde os 9 anos.


Ainda não há uma cura para o distúrbio, mas ele não representa risco à saúde de seus portadores, já que as manchas não coçam e não doem, e também não é transmissível. O impacto é estético e, por conta disso, os pacientes normalmente têm que enfrentar o preconceito. Sem causa definida, estudos indicam que o vitiligo está relacionado com alterações autoimunes, muitas vezes engatilhado por traumas emocionais.


Segundo o dermatologista do Instituto Pele, Ricardo Tiussi, o vitiligo acontece quando os melanócitos deixam de produzir melanina, responsável por dar cor à pele e protegê-la da luz solar. Cabelo e pelos também podem perder a pigmentação. Esse fenômeno resulta na formação de áreas mais claras do tecido da pele, que com o tempo perdem completamente a cor.


“A forma de manifestação é através de manchas brancas que podem ser isoladas ou espalhadas pelo corpo, principalmente nos cotovelos, joelhos, rosto, mãos e pés, além de genitais”, explica o médico.

O dermatologista do Instituto Pele, Ricardo Tiussi


O dermatologista ressalta que existem dois tipos de vitiligo: segmental ou unilateral e o não-segmental ou bilateral. “O tipo segmental ou unilateral é mais comum em pacientes mais jovens e é caracterizado pela rápida evolução e normalmente atinge apenas uma parte do corpo. Já o não-segmental ou bilateral surge nos dois lados do corpo. A despigmentação acontece em ciclos de desenvolvimento e estagnação da doença”, esclarece Ricardo.


Sintomas
Além da perda da pigmentação da pele, outros sintomas de vitiligo podem trazer alerta, como: perda de pigmentação do cabelo, cílios, sobrancelhas ou barba. Pode haver também perda de cor nos tecidos que revestem o interior da boca e do nariz. Alteração da cor da retina pode ser um sinal de sua manifestação. Manchas esbranquiçadas em torno das axilas, umbigo, órgãos genitais também merecem atenção.
Tratamentos


Não há cura, mas há tratamento para o vitiligo. O objetivo das terapias é evitar que as lesões se estendam pelo corpo. Entre eles existe a fototerapia, indicada para quase todas as formas de vitiligo, principalmente para lesões da face e tronco. Existem também algumas medicações iminossupressoras que podem ser utilizadas. O controle do estado emocional com terapia medicamentosa e comportamental são igualmente importantes.


“É preciso enfatizar que qualquer tipo de tratamento deve ser orientado por um dermatologista. Também devemos desmitificar curas milagrosas, como medicamentos de fórmulas naturais e receitas dadas por leigos, pois podem levar à frustração e também a reações adversas”, alerta.

 

Texto por Marília Marques - Elo Comunicaão

Crédito foto principal:  Freepik

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